Ultimamente eu tenho feito várias críticas em relação a estrutura e as escolhas de gerenciamento do G48 como um todo, deixando a impressão de que tenho uma visão pessimista da indústria . Penso que se você é fã de qualquer coisa que seja, você então é invariavelmente um crítico da mesma. Vou além, saber criticar é resguardado a aqueles que realmente gostam e se interessam por determinado assunto.
Ano passado acabei vendo péssimos eventos de todo o Grupo
48, muito por causa da falta de zelo dos organizadores em fazer do lugar algo
digno de um grupo do tamanho do AKB. Começando com o SKE48 Solo Con e seu palco
pra lá de simplório (eufemismo para horroroso), o evento de lançamento do
single, também do SKE, “Igai ni Mango” que aparentemente ocorreu em uma caverna,
e o Janken que apesar de apresentar algumas boas mudanças - o sistema de units
é genial - foi sem ritmo, entediante e amador, parecia até live de showroom de
tão bizarro que foi a coordenação das meninas no palco.
Mas devemos exaltar aquilo que é de fato de uma excelência
incontestável, e por isso resolvi escrever sobre essa maravilhosa apresentação do
AKB48 no seu evento anual, o AKB48 Kouhaku Uta Gassen 2017.
A primeira coisa que notei logo de cara e é algo que, na
minha opinião, a AKS deveria se utilizar mais e mais, uma banda ao vivo. A
qualidade sonora é incomparavelmente superior, e o mais incrível é que não é
preciso a orquestra sinfônica de Londres pra isso, uma bateria, um guitarrista,
baixo, violinos e back-vocals, essa foi a estrutura montada que deu toda uma
aura de um espetáculo digno das maiores bandas do mundo. O som aqui é
simplesmente estonteante, menção honrosa ao grupo de violinistas que deram alma
aos arranjos.
Mas a AKS não foi covarde e não parou por ai, já que tem uma
banda, colocaram as meninas para soltar a voz. Isso mesmo, as integrantes estão
cantando ao vivo! Todas, sem exceção.
Começamos o concerto com uma apresentação de cada um dos
grupos, AKB foi de Heavy Rotation, SKE de 1!2!3!4! YOROSHIKU!, NMB de Masaka
Singapore, HKT de Saikou Ka Yo, NGT de Max Toki 315-go e STU de Omoidasete
Yokatta. Encerrando as apresentações os grupos se juntam para cantar GIVE ME
FIVE!.
A segunda parte foi focada em grupos convidados formando “units” com o G48. Os convidados foram Morning Musume (Sashining Musume) , Negicco (NegiGT48), Team Syachihoko (SyachiKE48) e Takoyaki Rainbow (TakoMB48).
Terminada as apresentações das convidadas entra uma set-list só com belas versões acústicas. Dachou Club esse ano faz uma participação pra lá de especial, num dos momentos mais singulares do concerto.
É aqui que tenho que falar da Takayanagi Akane e Furuhata Nao cantando Bukiyou Taiyou, que é umas das coisas mais maravilhosas que tive o prazer de ver e principalmente ouvir. A trilha de violinos que acompanha é pra simplesmente fazer dessa a melhor apresentação de todo o espetáculo.
Convidados especiais sobem ao palco. Sayaka Yamamoto e
Junichi Inigaki apresentam Ayamachi, logo em seguida Nakai Rika se junta ao Los
Indios para cantar Daite Yaccha Sakuragicho.
A quinta parte do concerto é o mais simples, apenas músicas em suas versões convencionais com exceção das duas ultimas que são uma homenagem a Watanabe Mayu, que faz parte da equipe de jurados. Sayonara de Owaru Wake Janai por Mukaichi Mion e uma emocionada Oguri Yui, e a versão especial de Team B Oshi que virou Mayuyu Oshi.
A parte mais bela, e a minha favorita, de todo o show começa agora.
Matsuoka Hana, Yabuki Nako e Tanaka Miku abrem com um lindíssimo cover de
True Colors da Cyndi Lauper. Seguindo temos Matsui Jurina, Obata Yuna e Iruka apresentando
Naigoro Yuki. Shiroma Miru canta Chain Gang acompanhada do grande violinista Kotaro Oshio. Kashiwagi Yuki com uma versão em accapela de Tobiume junto ao
grupo VOJA-tension. Sakura Miyawaki nos traz uma tocante performance de ON MY
OWN, do musical Les Misérables, ao som do violino de Miyamoto Emiri. Yokoyama
Yui e Kurimoto Mizuki cantam um poderoso cover de Chandelier da Sia, um dos meus
momentos favoritos junto a Bukiyou Taiyou. E fechando a lista, Yamamoto Sayaka
e Sakaki Izumi transformam o Tokyo Dome City Hall em uma praça de Rock’n’roll
ao som de Shikkaku.
E fechando a noite a apresentação das units ganhadoras do
Janken 2017.
Bom foi isso, realmente espero que esse nível de excelência
se mantenha durante o ano, já passou e muito do tempo do AKB fazer shows em
palcos escuros e sem nenhum cuidado por parte de cenografistas e diretores de
arte. Uma banda ao vivo de vez em quando é uma ótima pedida, e sair da zona de
conforto (como as meninas cantando em inglês), mostra que ainda existe muita
coisa a ser explorada nos concertos. O “teste” foi feito com sucesso, que vire
padrão.
escrito por: odonodorefúgio
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