O primeiro ep do reality show Produce 48 foi ao ar, sendo bem
mais traumatizante para as meninas do G48 do que esperávamos, muito devido as enormes diferenças entre o padrão de treinamento das Kenkyuusei japonesas
para as Trainees coreanas, o que acabou causando um desconforto bem acima do que
qualquer fã do AKB esperaria.
A fim de contextualizar e para quem ainda desconhece o Produce
48, que é derivada da série Produce 101:
"Produce 101 é um uma franquia de reality show de competição de talentos criado pelo conglomerado Sul Coreano CJ&M,
baseado na formação de um grupo de K-pop. O formato difere por não haver juízes,
a audiência é quem toma as decisões, e por começar com um grande número de participantes,
101, até chegar ao número final de 11. A franquia começou em 2016 na Coréia do
Sul e resultou na formação do grupo I.O.I. Logo passou a ter produções em
outros países como China, Japão e Tailândia . Uma segunda temporada da série coreana
intitulada Produce 101 Season 2 foi ao ar em 2017, resultando na formação da
boy band Wanna One."
O Produce 48 segue quase o mesmo padrão, dessa vez são 96
participantes, 48 trainees coreanas e 48 integrantes do AKB48 e seus grupos
irmãos. No final, 12 meninas irão se juntar para formar um grupo Idol que irá atuar tanto na Coréia quanto no Japão.
Vamos então recapitular o primeiro episódio, com foco nas
meninas do AKB:
*Entre as chaves eu coloquei o tempo inicial das respectivas
partes em relação ao episódio completo.
A primeira parte do programa é bem lenta como de costume, e
serve apenas para apresentar as participantes.
Passados os primeiros 40 minutos do programa, que tem
absurdas 2 horas e 10 minutos, começa a avaliação dos jurados que serve apenas
para um rank inicial. As meninas são dividas em grupos e categorizadas em
níveis que vão de A a F, levando em consideração canto, dança e presença de
palco.
Bom, e é aqui que o programa faz uma curva de 180 graus e
mostra a discrepância entre os treinamentos da indústria japonesa e coreana. De
um lado temos a busca pela perfeição técnica, do outro o culto ao indivíduo.
As coreanas eram impecáveis quanto a técnica, pelo menos
grande parte delas, enquanto as japonesas...
Foi praticamente um desastre, as meninas muito nervosas acabaram
externando o sentimento de apreensão e acabaram fazendo performances medíocres.
A mais traumática sem dúvida foi a apresentação do HKT48, escolheram um música
própria, colocaram praticamente um formação completa e inexplicavelmente a
coreografia saiu muito mal sincronizada e o canto inexpressivo, o que fez os jurados criticarem bastante as meninas. [1:10:00]
O que
realmente pesou foi a falta de treinamento vocal, sabemos que
para fazer parte do AKB o canto não é algo extremamente necessário, uma vez que
99% das apresentações são feitas com playback , mas no Produce 48 elas são
obrigadas a cantar e essa habilidade, querendo ou não, tem um peso enorme na avaliação.
Antes de vir os conspiracionistas dizendo que o programa forçou para que as meninas do AKB tivessem uma primeira péssima impressão para alavancar as
coreanas, tenham em mente que o show é uma produção conjunta entre CJ&M e
AKS tendo Akimoto Yasushi diretamente envolvido no projeto. E é claro só não vê
a diferença técnica quem não quiser.
Foi uma questão de cultural gap, como reconhecido rapidamente
pelos jurados. Tomu Muto em conversa com
Iwatate Saho falou, “pra gente o mais
importante é parecer que estamos nos divertindo do que dançar ou cantar
perfeitamente”, na outra ponta da plateia Shinozaki Ayana comenta, “(no Japão)
muitas idols que não sabem cantar ou dançar ainda assim conseguem sem bem
populares...”, Kojima Mako ainda decepcionada pelas críticas as colegas
responde apenas com “nossas culturas são diferentes”. [1:15:00]
Mas infelizmente já não havia nada a se fazer, todas estavam
ali para serem julgadas igualmente e por mais que seja decepcionante pra elas,
essas notas não representam praticamente nada no andamento do programa.
Mas o heroísmo vem da onde menos esperamos e quem poderia
mostrar que a qualidade do G48 é ser algo extremamente divertido que até mesmo
os defeitos acabam se tornando parte da essência?
Ninguém mais e ninguém menos que Yamada Noe!
É talvez a coisa mais inesperada que a sem noção e amalucada
Noepii viesse como a salvadora da imagem da idol japonesa, e digo "talvez" pois certamente seus fãs não esperavam menos dela.
E ela foi simplesmente apaixonante, tanto as participantes quanto
jurados pareciam arrebatados pelo carisma da Noe, a ponto de que ao final da
sua apresentação, que resultou numa dança que só poderia ter vindo dela mesma,
uma das juradas tentou convencer o resto da bancada a lhe dar uma nota alta,
defendendo que a Yamada tinha o “espirito e a qualidade de uma estrela”!
[1:19:43]
Mas para sermos justos ela não foi única veio pra mostrar que
o AKB tem muito a oferecer nessa competição, o trio Takeuchi Miyu, com a sua
voz inigualável, Goto Moe e Iwatate Saho também acabaram conquistando os
jurados, apesar de uma delas não ter correspondido as exigências devido a um
infeliz acontecimento. [1:50:40]
No segundo episódio ainda tem mais já que uma parte das
meninas do AKB e HKT ainda não fizeram suas apresentações, assim como o NMB. Matsui
Jurina e Miyawaki Sakura são as grandes expectativas do próximo capítulo com
suas exibições solo. Será que as meninas de Namba vão agradar os jurados?
Jurina e Sakura tem a mesma qualidade técnica das coreanas? Noe já pode ser
center do NGT?
Brincadeiras a parte, foi um bom episódio de estreia. Talvez
um pouco decepcionante para as próprias meninas e para os fãs que acharam que a
experiência delas faria a diferença na
hora das avaliações. Mas no final o carisma com o público é o que prevalece, e
nós sabemos há muito tempo que nisso AKB não perde pra ninguém.
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| #InNoeWeTrust |
Site oficial do Produce 48
escrito por: odonodorefúgio
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